A Dona Rauen Bernardoni, casada com o inteligente cidadão Ernesto Bernardoni, ela que foi uma funcionária do Cartório do Registro Civil, nos apresentou dados interessantes acerca de fatos ocorridos nos muitos anos de emancipação política de Curitibanos.
Ela é filha do famoso fazendeiro, já falecido, Francisco Rauen, de origem alemã, que corajosamente adquiriu uma área de campos e pastagens situada no atual município de Santa Cecília, local desmembrado do município de Curitibanos, dedicando-se a criação de gado selecionado e de pastagens. Naqueles tempos constituía uma temeridade e ato heróico residir quase que isolado do mundo numa zona assolada por continuas execuções de bugres botocudos, sendo flechado uma vez quando do massacre da família Pires ocorrida no ano de 1909, nas alturas da barras do Rio Barra Verde, sobre o caudaloso Rio Canoas, posteriormente tomou parte de uma coluna de 20 homens, que se pôs à perseguição dos ferozes índios, num ato de represália, já referido em programa anterior. Francisco Rauen foi conselheiro municipal.
Dona Ana relatou que seu sogro Paulo Bernardoni, nascido no Estado do Rio Grande do Sul, já falecido foi pioneiro de uma pequena fundição onde preparava ferramentas para uso dos agricultores – machados, foices, facões e mais artefatos para equipamentos dos fazendeiros. Portanto a primeira ferraria. Posteriormente abriu bem montado hotel, incluso casa comercial, hospedando pessoas ilustres e viajantes comerciais provenientes das praças de São Paulo e Porto Alegre, as quais aqui chegava em montarias, a falta de outras conduções.
Dona Ana nos apresentou um número do jornal “O Trabalho”, conservado em seu poder com muito carinho, fundado no ano de 1907 pelo ilustre cidadão Francisco Ferreira de Albuquerque, que se tornara Superintendente deste Município e de grande passagem na história política do Estado de Santa Catarina, com os seguintes caracteres:
– “Anno v – Curitybanos, (Santa Catharina, 2 de março de 1912 – nº 141. Órgão do Partido Republicano Catharinense. Director – Francisco Ferreira de Albuquerque. Gerente Francisco Rosa. Redactores e Collaboradores Diversos. Redacção e Officinas – Travessa da Praça da República”.
Note-se que foi observada a grafia antiga da língua Portuguesa. D. Ana, como boa filha destas terras queridas de Curitibanos, afirmou que iria colocar em moldura este número e oferecê-lo ao Museu, como o fez. Aconselha-se a sua vasta leitura e abundância em notas de fatos ocorridos nesta época.
Ainda Dona Ana apresenta um trabalho histórico com relação aos acontecimentos na região serrana proporcionados pelos desajustados sertanejos, denominados “fanáticos”, ou simplesmente “os movimentos dos fanáticos” já relacionados em outras obras.
Dona Ana, nesse seu trabalho anotou uma serie de fatos novos ligados a esse movimento, pois que foi uma testemunha viva daqueles acontecimentos. Há uma cópia anexado aos elementos históricos constantes do citado Museu e que serviram de elementos irrefutáveis quando escrevermos novamente sobre a triste história desse movimento.
Dona Ana, nesse seu trabalho anotou uma serie de fatos novos ligados a esse movimento, pois que foi uma testemunha viva daqueles acontecimentos. Há uma cópia anexado aos elementos históricos constantes do citado Museu e que serviram de elementos irrefutáveis quando escrevermos novamente sobre a triste história desse movimento.
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