sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Pedro Driessen

Anna Granemann e Pedro Driessen

Texto de Antonio Carlos Popinhaki


Quando Petrus Driessens nasceu em 24 de dezembro de 1847, em Hoofdplaat, Zelandia, Holanda (Países Baixos), o seu pai, Philip Driessens, tinha 28 anos e a sua mãe, Sofia Pieternella Bakkeljauw, tinha 25 anos. Após atravessar o oceano Atlântico, Petrus mudou o nome para Pedro e o seu sobrenome sofreu, variações no Brasil. Conforme a historiadora Maria Aparecida Granemann José, parafraseando os escritos do curitibanense Luiz Aldredo Driessen Balem, nas suas anotações sobre a origem e histórias da família Driessen, realizadas em 1997, na página 3, encontramos:


(...) Pedro Driessen foi criado e educado com a família do Coronel Henrique Rupp, e aprendeu o Ofício de Tropeiro e comerciante de Mulas e Cavalos, que os comprava no Rio Grande do Sul, e revendia no Paraná. Por força do ofício e da rota do Caminho das Tropas, costumava descansar ele e a tropa, na propriedade do único comerciante existente na localidade denominada “Corisco”, de nome Francisco Granemann, o qual mantinha um potreiro para descanso das tropas.


Dessa forma, depois de várias viagens como tropeiro de mulas e animais, Pedro Driessen deixou a fazenda da família Rupp, provavelmente em Campos Novos, e foi residir com o comerciante Francisco Granemann na vila de “Corisco”, hoje, Santa Cecília/SC. Ele tinha na época, no ano de 1865, entre 18 e 19 anos. Nessa oportunidade de trabalho, conheceu a filha de Francisco Granemann, de nome Anna Granemann. Ela era nascida em 28 de outubro de 1856. Depois de um precoce namoro, em 28 de agosto de 1871, casaram. Ele tinha, na ocasião, 24 anos e ela, 14 anos.

Do casamento, nasceram pelo menos 8 filhos e filhas, os quais receberam os nomes de Pedro Driessen Filho, Luiz, Amélia, Alfredo, Francisco, Julia, Luiza, Helena e Maria. Pedro Driessen, foi o patriarca da família Driessen no Brasil. Ele era tropeiro, após casado, adquiriu uma área de terras com aproximadamente quatro mil e quinhentos alqueires, que pertencia a um morador de Curitiba/PR. O local ficou conhecido como “Fazenda da Ilha”, na localidade de “Corisco”, hoje, município de Santa Cecília/SC. O local foi deixado por herança para o seu filho Alfredo Driessen que nasceu no dia 02 de julho de 1895.

No local e época, ainda, havia a presença constante dos indígenas Kaingangs, sendo, esses, os primeiros donos legítimos das terras do planalto catarinense. Os povos originários sempre eram encontrados em busca de alimentos para a subsistência individual ou coletiva, estavam sempre caçando no interior das matas. Sem deixar de citar a presença das feras e animais selvagens, como o puma ou o “leão baio” como era chamado, era o mais encontrado na região. Esses representantes dos felinos atacavam constantemente os rebanhos de gado e de suínos nas propriedades rurais.

Infelizmente, ainda não temos os registros do falecimento de Pedro Driessen. Todavia, para homenageá-lo, no dia 18 de agosto de 1959, o então prefeito de Curitibanos, o senhor José Bruno Hartmann o homenageou através da Lei Ordinária Municipal n.º 415/1959 com o nome de uma rua da cidade. É importante esclarecer que a rua chama-se Pedro Drissen e não Driessen, como era a assinatura utilizada no Brasil.

De qualquer forma, foi louvável a iniciativa do prefeito Hartmann. Pedro Driessen foi um dos pioneiros que se estabeleceu no território de Curitibanos, no final do século XIX. Seus descendentes ainda vivem entre os curitibanenses. A sua filha, Julia Driessen, casou-se em 30 de dezembro de 1911, com Felippe Granemann, do qual era parente. No registro do casamento aponta que a cerimônia foi realizada na casa do pai da noiva, o Tenente-coronel Pedro Driessen. Dessa forma, aprendemos também, que ele fazia parte da antiga Guarda Nacional, como a maioria dos fazendeiros da época.



Referências para o texto:


Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 415/1959, denomina nome de ruas da cidade de Curitibanos.


JOSÉ, Maria Aparecida Granemann. História da Família Granemann. 2.ª edição. Horizonte Gráfica e Editora. Joinville/SC, 2022. 


POPINHAKI, Antonio Carlos. Alfredo Driessen. Blog Curitibanenses. On-line, disponível em: https://curitibanenses.blogspot.com/2021/02/alfredo-driessen.html


POPINHAKI, Antonio Carlos. Felippe Granemann. Blog Curitibanenses. On-line, disponível em: http://curitibanenses.blogspot.com/2023/07/filippe-granemann.html


Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais. Registro de Óbito de Felippe Granemann.


Casamento de Felippe Granemann https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6RQJ-ZG?i=125&wc=MXY2-8Z9%3A337702801%2C337702802%2C337871501&cc=2016197

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