Texto de Antonio Carlos Popinhaki
Frederico Goetten foi um cidadão de destaque na história de Curitibanos, lembrado por sua trajetória de trabalho, caráter e ligação profunda com a terra e com a comunidade local. Nascido em 23 de outubro de 1889, em Curitibanos, era filho de Felippe Goetten, então com 28 anos, e de Francelina Granemann, de 22 anos, membros de famílias pioneiras que participaram ativamente da formação econômica e social da região.
No final do século XIX, quando Frederico nasceu, Curitibanos ainda vivia o ritmo das pequenas vilas do planalto catarinense, marcadas pela agricultura familiar, criação de gado e pelo comércio regional. O município começava a se desenvolver como importante ponto de passagem entre o litoral e o interior, servindo de rota para tropeiros e comerciantes. Nesse ambiente, as famílias Goetten e Granemann se firmaram como referências de trabalho e tradição, dedicando-se sobretudo à pecuária e à produção rural.
Seguindo o exemplo dos pais, Frederico Goetten dedicou sua vida à pecuária e à criação de animais, atividades que exerceu com reconhecida competência. Era conhecido por seu empenho, pela palavra firme e pelo respeito conquistado entre vizinhos e companheiros de ofício. Sua atuação contribuiu para o fortalecimento da economia rural curitibanense nas primeiras décadas do século XX, período em que o município consolidava suas bases agrícolas e comerciais.
Em 2 de março de 1918, aos 28 anos, Frederico uniu-se em matrimônio com Julia Granemann, então com 19 anos de idade, filha de João Granemann e Eliza Barbosa de Camargo. O casamento foi celebrado às dezessete horas, na Sala das Sessões do Conselho Municipal de Curitibanos, tendo como Juiz de Paz o senhor Clemente Alves do Prado. A união entre Frederico e Julia representou a continuidade de laços familiares e comunitários que marcaram a história local.
Do matrimônio nasceram os filhos Felipe, Alfredo e João, que herdaram o exemplo de trabalho e dignidade de seus pais, perpetuando o nome Goetten como parte importante da memória de Curitibanos.
Frederico Goetten faleceu em 18 de junho de 1962, em sua residência, em Curitibanos, aos 72 anos de idade, vítima de hemorragia cerebral. Seu corpo foi sepultado no cemitério particular da Fazenda Estância Nova, propriedade da família, local de tradição e referência afetiva para seus descendentes.
No ano seguinte à sua morte, o então prefeito Dr. Hélio Anjos Ortiz, reconhecendo sua trajetória exemplar e a importância da família Goetten para o município, sancionou a Lei Ordinária Municipal n.º 536/1963, em 6 de novembro de 1963, denominando uma das vias públicas da cidade como Rua Frederico Goetten. A rua tem início na Rua Governador Jorge Lacerda e segue em direção ao sul, até o Parque da Cascatinha, perpetuando o nome daquele que tanto contribuiu para o desenvolvimento local.
A história de Frederico Goetten reflete a de muitos homens e mulheres que, com esforço e dedicação, ajudaram a construir Curitibanos em seu período de crescimento e consolidação. Sua memória permanece viva não apenas nas gerações descendentes, mas também na paisagem urbana e nas lembranças que moldam a identidade histórica do município.
Referências para o texto:
Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 536/1963.
Fotografia, acervo do Museu Histórico Antonio Granemann de Souza de Curitibanos
GOETTEN, Antonio de Paula. Família Goetten Nossa história, nossas raízes 3.ª Edição. Aya Editora. Ponta Grossa/PR, 2022, 369 p.
GRANEMANN, Floresnal; RIBEIRO, Jandira Granemann; JOSÉ, Maria Aparecida Granemann. História da família Granemann. 2.ª Edição, Horizonte Gráfica e Editora. Joinville/SC. Novembro de 2022, 340 p.
Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/L6QF-4DC

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