O Coronel Maximino Antonio de Moraes, era filho de Leandro Antonio de Moraes e Maria Thibes. Nascido em 10 de setembro de 1866, na localidade de São Sebastião da Boa Vista, região pertencente na época, a Curitibanos, neste estado. Casou-se em primeiras núpcias com Maria da Conceição de Souza Quadros, em Lages, havendo desse matrimônio, os seguintes filhos: Capitulino Junior de Moraes, Napoleão Poeta de Moraes, Gesuvinia Antonia de Moraes, Mário Amazonas Rio Branco de Moraes, Hortência Alves de Moraes e Fontoura Nabuco de Moraes.
Em segundas núpcias, casou-se com a sua prima, Maria Luiza Thibes de Moraes, de cujo matrimônio nasceram os seguintes filhos: Juliana Antonia de Moraes, Prudente Visconde de Moraes, Aparício Ouro Preto de Moraes, Rivadávia Sirvapena de Moraes, Florisbal Bragança de Moraes, Duguay Trouin de Moraes, Assonipo Assis de Moraes, Iracema Santiago de Moraes, e Rivadávio Vilson de Moraes. Esse casamento realizou-se em São Sebastião da Boa Vista, no dia 31 de julho de 1904, cujo cartório desapareceu posteriormente num incêndio.
Foi político de destaque em Curitibanos, fazendeiro, comerciante (certa vez, comprou uma casa de comércio, localizada na rua Lauro Müller), tendo exercido o cargo de Juiz de Direito da Comarca, foi presidente partidário e chefe escolar. Foi também, Intendente do Distrito de São Sebastião da Boa Vista. Fez parte dos oficiais da Guarda Nacional. Na época do conflito com os fanáticos na região do Contestado, esteve ao lado do General José Vieira da Rosa, sempre comandando piquetes com dezenas de homens sob o seu comando, sendo fiel hierarquicamente ao seu comandante do exército nacional, mesmo contrariando seus princípios familiares, não podendo, em diversas ocasiões, ajudar seus próprios irmãos que aderiram à causa fanática.
Foi co-fundador do Partido Repúblicano Catarinense. Em 1913, comprou uma enorme área de terras, que compunha a fazenda do Superintendente de Curitibanos, Francisco Ferreira de Albuquerque, local onde hoje está localizado grande parte do território do município de São Cristóvão do Sul.
Em 27 de outubro de 1918, fez parte da comissão diretora do Partido Republicano Catarinense em Curitibanos. Em 12 de julho de 1919, assumiu interinamente o cargo de Superintendente Municipal. Emitiu correspondência ao governador do Estado, o senhor Hercílio Luz, comunicando o fato e colocando-se à disposição para trabalhar em prol do município e do Estado. O governador já estava ciente através do prévio recebimento de comunicado emitido pelo Superintendente Municipal, o senhor Euclides Ferreira de Albuquerque, informando-o, que por tratar de interesses particulares, fora do município, passaria o cargo de chefe do executivo para Maximino Antonio de Moraes, que era o seu primeiro substituto.
Faleceu em 24 de agosto de 1934 às 8 horas em sua residência com a idade de 67 anos na localidade de Monte Alegre neste município.
Em sua homenagem, através da Lei Ordinária Municipal n.º 399/1959, o então prefeito José Bruno Hartmann, denominou uma rua desta cidade com o nome de "Coronel Maximino Antonio de Moraes". A via, que foi pavimentada com paralelepípedos, em 2022, recebeu camada asfáltica, atendendo a progressiva urbanização de Curitibanos. O assento de óbito está lavrado no livro n.º 4 folhas 93v, sob n.º 159, no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Curitibanos. E assim, encerrou-se a vida de mais um dos ilustres vultos do município, de que a grande descendência da família Moraes, sente-se honrada do seu velho chefe.
Referências:
ALVES, Sebastião Luiz. Curitibanos História da nossa Gente família Moraes. Slideshare. On-line, disponível em: https://pt.slideshare.net/sluizalves/curitibanos-histria-de-nossa-gente-famlia-moraes
Informações de Nelson Antonio de Moraes.
Fotografia: Acervo da família, fornecida por Nelson Antonio de Moraes.
Jornal República no XVI, n.º 234. Florianópolis, sexta-feira, 18 de julho de 1919, p. 2.
Jornal República no XVI, n.º 841. Florianópolis, sexta-feira, 5 de agosto de 1921, p. 1.
Almanak Laemmert - Edição D00087, p. 953.
Almanak Laemmert - Edição B00069, p. 1815.
AGOSTINI, Reynaldo João. Texto escrito em 20 de fevereiro de 1978.
Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Curitibanos.
Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 399/1959.
Nenhum comentário:
Postar um comentário