João Manoel Carlos nasceu no dia 30 de agosto de 1894, na cidade de Lages, interior de Santa Catarina. Seus pais se chamavam Antonio Carlos do Amaral e Cândida Maria do Rosário. Cerca de 4 anos após o seu nascimento, os pais, Antonio e Cândida, formalizaram o casamento naquela vila de Lages. Antonio era funcionário público na ocasião do seu casamento. O casal teve apenas um filho, ou seja: João Manoel Carlos. Com o passar dos anos, a família mudou-se para a vila de Curitibanos. No dia 2 de setembro de 1918, devido a um tumor numa mão, morando no interior e sem recursos apropriados da medicina, Antonio faleceu, foi sepultado no cemitério público de Curitibanos. A causa da sua morte, no registro de óbito, diz que foi devido ao tumor na mão, não especificando, exatamente, que tipo de tumor. Na ocasião, João Manoel tinha 24 anos e recebeu a responsabilidade de cuidar da sua mãe.
João tornou-se, temporariamente, professor do estado de Santa Catarina. Em 12 de janeiro de 1922, através da Resolução Estadual n.º 2852, João Manoel Carlos foi designado para ser o professor provisório na Escola do Taquaruçu, localizada na região do interior de Curitibanos. Depois, ele, como funcionário público, recebeu a função de trabalhar na profissão de “Guarda-Fios”, uma profissão extinta em nossos dias. João Manoel Carlos era encarregado de vigiar e reparar as linhas ou cabos elétricos de transmissão de luz elétrica, telégrafos e telefonia. Dessa maneira, tornou-se conhecido na região, como um dos funcionários dos Correios, empresa responsável pela conservação das linhas de transmissão dos telégrafos.
Por razões ignoradas na atualidade, sabemos, pelo registro de óbito, que João nunca se casou, permaneceu toda a sua vida como solteiro. Também não há registro de filhos fora de um casamento. Ele faleceu no dia 27 de dezembro de 1969, em Curitibanos, local onde viveu e foi sepultado. A causa da sua morte foi “Trombose Cerebral”. Na ocasião, estava com 75 anos e estava aposentado dos serviços profissionais.
A sua mãe, Cândida Maria do Rosário, também faleceu em Curitibanos, no dia 15 de dezembro de 1945, e também foi sepultada no cemitério público de Curitibanos.
Em 10 de agosto de 1970, o então prefeito municipal de Curitibanos, Dr. Hélio Anjos Ortiz, denominou, através da Lei Ordinária Municipal n.º 849/1970, uma via localizada na região central da cidade, com o nome de “Rua João Manoel Carlos”. Uma homenagem pós-vida para um dos construtores da história local.
Referências para o texto:
Aniversário do Governador Nereu Ramos. Jornal República. Ano III, n.º 728. Florianópolis, sábado, 5 de setembro de 1936. p. 7.
Casamento dos pais em Lages. Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:DHZB-FGT2?from=lynx1UIV8&treeref=GZD1-LHB
Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 849/1970, denomina via.
Pela Instrução. Jornal República. Anno XVII, n.º 963. Florianópolis, sábado, 14 de janeiro de 1922, p. 2.
Registro de nascimento de João Manoel Carlos. Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-NQG9-9JW?i=154&wc=MXY2-W2S%3A337700801%2C337700802%2C337842101&cc=2016197
Registro de óbito de Antonio Carlos do Amaral. Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-X369-Y7P?from=lynx1UIV8&treeref=GZD1-LHB&i=88&cc=2016197
Registro de óbito de Cândida Maria do Rosário. Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-62Y9-LD1?i=109&wc=MXYP-MMH%3A337701401%2C337701402%2C338715701&cc=2016197
Registro de óbito de João Manoel Carlos. Portal FamilySearch. On-line, disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-62Y9-PVN?i=172&wc=MXYP-4ZW%3A337701401%2C337701402%2C338840401&cc=2016197
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