quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Décimo Francisco Demeneck


Texto de Antonio Carlos Popinhaki


Décimo Francisco Demeneck, carinhosamente conhecido como “Tio Chico”, nasceu em 3 de dezembro de 1912, em Guaporé, Rio Grande do Sul. Era filho de Antonio Demenech (1864–1930) e Florentina Varaschin (1874–1935), sendo o décimo segundo de treze irmãos. 

Os destaques da sua vida pessoal têm início quando casou-se com Filomena Granzotto, que após a cerimônia, passou a assinar como Filomena Granzotto Demeneck, nascida em 2 de outubro de 1912, em Campo Belo do Sul, Santa Catarina. O casal construiu uma família e teve pelo menos dois filhos: Antonio Juarez Demeneck (1954–1993) e José Jairo Demeneck. 

A sua vida profissional foi marcada pela dedicação e trabalho árduo. Aos 12 anos de idade, após o falecimento de seu pai, começou a trabalhar cuidando de um moinho. Dedicou-se à mesma profissão por 58 anos, trabalhando incansavelmente de 16 a 18 horas por dia, até os últimos dias de sua vida.

Décimo Francisco Demeneck foi proprietário do Moinho Santa Filomena, localizado na Rua Florianópolis, no Bairro São Luiz, em Curitibanos. Além de sua atuação como moageiro, envolveu-se na vida empresarial. Em abril de 1949, conforme anotação na página 5 do Diário Oficial do Estado de Santa Catarina de 10 de junho de 1949 (Ata da Assembléia Geral Ordinária da Indústria e Comércio Fribol S. A.) foi eleito membro do Conselho Fiscal dessa empresa. Posteriormente, em 1962, integrou o Conselho Fiscal da Irmãos Poletto S. A. Comércio e Indústria, em Curitibanos, tendo assinado o parecer do Conselho em 31 de dezembro daquele ano.

Conhecido por sua retidão, humildade e disposição para ajudar, Décimo era descrito como “amigo de todos e para todas as horas”. Sua filosofia de vida era pautada no servir ao próximo, como atestam as frases que lhe eram atribuídas: “Eu vou para Deus, mas não esquecerei aqueles a quem amei na terra” e “Depois de cada noite há um amanhecer. De cada dor brota uma esperança.”

Em reconhecimento à sua contribuição para a comunidade, a Câmara Municipal de Vereadores de Curitibanos aprovou e o prefeito municipal da época, Ulysses Gaboardi Filho sancionou em 19 de setembro de 1989 a Lei Ordinária Municipal n.º 2.320/1989, que denominou uma via pública de “Rua Décimo Francisco Demeneck”, localizada no início da Rua Ferminiano Rodrigues de Almeida, paralela à Rua Frei Gaspar.

Décimo faleceu em 11 de dezembro de 1982, em Blumenau, Santa Catarina, aos 70 anos de idade. Seu corpo foi trazido para Curitibanos e o sepultamento ocorreu no dia seguinte, em 12 de dezembro de 1982, no Cemitério Público Municipal São Francisco de Assis. Deixou um legado de trabalho, honestidade e amor à família, sendo lembrado com saudades por todos que o conheceram. Esta pequena biografia sintetiza a trajetória de vida, família, carreira e o legado duradouro de Décimo Francisco Demeneck, o “Tio Chico”.



Referências para o texto:


Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 2.320/1989.


Fotografia: Acervo do Museu Histórico Antonio Granemann de Souza de Curitibanos, melhorada através da Inteligência Artificial Gemini do Google.


Informações de nascimento, casamento, e falecimento: Portal FamilySearch. On-line, disponível em www.familysearch.org


Santa Catarina — Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, Ano XVI, n.º 3.957 de 10 de junho de 1949, p. 3.


Santa Catarina — Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, Ano XXX, n.º 7.321 de 28 de junho de 1963, p. 12.


Saudades de Todos. Jornal “A Semana”, Curitibanos/SC, semana de 12 a 18 de fevereiro de 1983, Ano I, Edição n.º 007, p. 3.

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