Nicolau Signorelli nasceu em 2 de fevereiro de 1888, em Mafra (território contestado), filho de Luiz Signorelli (italiano) e Tereza Brausen (alemã). Nicolau deixou muito cedo a casa paterna. Aos 7 anos (1895), veio para Curitibanos em companhia de seu padrinho Salvador Calomeno. Primeiro aprendeu com os professores Antônio Mafra da Rocha; depois, no Colégio dos Padres, com o professor Rosa; e finalmente no Colégio São José, em Lages.
Após todos os anos de aprendizagem, começou a trabalhar na Casa Estrela, de Salvador Calomeno, na Rua Coronel Vidal Ramos. Com o falecimento deste, em agosto de 1911, assumiu a administração dos negócios (casa comercial e fazendas) para a madrinha Jesubina Rosa de Oliveira, que respeitava como mãe.
Os filhos de Salvador, Sebastião, Miguel, Francisco, Adalgisa e Carlos, o auxiliavam no moroso cuidado financeiro e no atendimento do comércio. Casou-se com Alice de Haro Varella, no dia 20 de fevereiro de 1918, momento em que decide trilhar o seu próprio caminho, conforme a sua vocação e objetivos. Alice nasceu em 17 de março de 1894, filha de Boaventura Varella e Cândida Varella.
Importante referenciar: o Juiz de Paz que fez seu casamento, Clemente Alves do Prado, ocupava também o cargo de Juiz de Direito Provisório e era o mais antigo em Santa Catarina em exercício da função (30 anos), quando chegou a sua aposentadoria, já havia falecido. Moldado de caráter e sã conduta, aproximadamente em 1920, por mérito, é nomeado escrivão da coletoria, tendo o coletor titular Júlio Moura. Anos depois, foi promovido a coletor em Ponte Alta do Norte. Com o decorrer dos anos vieram as remoções: São Joaquim, onde presta seus serviços por três anos; e Bom Retiro, por aproximadamente dois anos, momento em que começou a sentir os primeiros sintomas da sinistra doença. Decidiu retornar para Curitibanos, buscando apoio e carinho junto da esposa Alice e de seus seis filhos. Nicolau Signorelli sucumbe à doença, vindo a falecer em 21 de agosto de 1942.
Fonte: ALVES, Sebastião Luiz. Memórias Curitibanenses: Nicolau Signorelli, A Semana, Curitibanos, Edição nº 1777, Caderno Livre, p. 03, 12 de janeiro de 2018.
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