Texto de Antonio Carlos Popinhaki
Pedro Weber de Souza nasceu no dia 2 de junho de 1924, na residência de seus pais, João Ferreira de Souza e Sebastiana Júlia Weber, localizada na fazenda da localidade de Marombas, no interior da antiga vila de Palmares, hoje município de Brunópolis, em Santa Catarina. Seu registro civil, no entanto, só foi realizado cinco anos depois, em 3 de julho de 1929. Casou-se com Bernardina Ferreira em 7 de abril de 1951, em Brunópolis, Santa Catarina. Naqueles tempos, Brunópolis era conhecida como Palmares. Desde cedo, Pedro demonstrou ser um homem responsável e trabalhador, características que marcaram toda a sua vida.
Conhecido por sua dedicação incansável, Pedro nunca deixou faltar nada em casa, garantindo o sustento da família com esforço e determinação. Ele era habilidoso nos negócios e cultivava diversas plantações em seu sítio, como feijão, milho, batata-doce e batatinha, sempre com capricho e zelo. Ao lado de sua esposa, Bernardina, ele trabalhava arduamente na roça, transmitindo aos filhos os valores do trabalho e da responsabilidade.
Pedro era um homem de personalidade forte, rigoroso e exigente, especialmente com a família. Sua rigidez, porém, era equilibrada por um profundo amor e cuidado por todos. Ele era bravo, mas também carinhoso e protetor, criando um ambiente de respeito, união e admiração dentro do lar. Como pai, era enérgico e severo, mas extremamente dedicado à educação dos filhos. Ele mesmo os ensinava a ler, escrever e fazer cálculos básicos, deixando-lhes uma herança valiosa: o conhecimento. Tanto a filha, Vidalvina, quanto o filho João Maria admiravam profundamente o pai, reconhecendo seu papel fundamental em sua formação.
Pedro aprendeu com seu pai a arte de criar gado e produzir queijos, além de outros derivados da pecuária. Eles vendiam seus produtos aos tropeiros que passavam regularmente pela região, levando as mercadorias para outros centros. Em troca, os tropeiros traziam os mantimentos essenciais para as famílias de João Ferreira de Souza, pai de Pedro, e do próprio Pedro Weber de Souza.
A vida de Pedro não foi fácil. Em determinado momento, sua saúde foi abalada por úlceras que se agravaram, exigindo duas cirurgias de emergência. O período de recuperação foi longo e difícil, impedindo-o de trabalhar como antes. Nesse tempo, as despesas médicas aumentaram significativamente, e, seguindo o conselho de seu pai, João Ferreira de Souza, Pedro vendeu parte de seu rebanho de vacas para manter as despesas da família. Assim que se recuperou, porém, trabalhou duro e conseguiu reconstruir seu rebanho, demonstrando sua resiliência e determinação.
Pedro também se preocupava com o bem-estar dos filhos, gostando de vê-los bem arrumados e vestidos adequadamente para cada ocasião. Sua filha mais velha, Vidalvina, teve a oportunidade de estudar na escola da professora Melânia, em Palmares (atual Brunópolis). Apesar das dificuldades do caminho até a escola, que era longo e muitas vezes enfrentado sob chuva ou frio, Vidalvina valorizava mais os ensinamentos do pai do que os recebidos na escola. Pedro foi um verdadeiro mestre para ela, ensinando-lhe não apenas habilidades acadêmicas, mas também lições de vida que carregou consigo com orgulho.
Pedro Weber de Souza faleceu no dia de natal de 25 de dezembro de 1987, deixando um legado de trabalho, dedicação e amor à família. Sua história é um testemunho de superação, responsabilidade e compromisso com aqueles que amava, sendo lembrado com carinho e admiração por todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.
Referências para o texto:
Com informações de Vidalvina Weber de Souza
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