Texto de Antonio Carlos Popinhaki
Osvaldo Camargo dos Santos nasceu em Curitibanos, Santa Catarina, em 24 de dezembro de 1934. Seus pais se chamavam Possidônio Pereira de Camargo e Maria Conceição de Camargo. Em sua certidão de óbito, consta que ele era pecuarista na região de Curitibanos. Alegre e de bom relacionamento com todos, tinha orgulho de falar, que em suas terras havia pinheiros intocáveis pela mão do homem. Cresceu com seus irmãos e irmãs na Fazenda Possidônio, localizada na região próxima à localidade de Santa Cruz do Pery. Com o passar dos anos, aprendeu a administrar uma propriedade rural, quando seus pais faleceram, herdou algumas fazendas, preservando-as, para o uso da pecuária e de alguma lavoura, da maneira conforme lhe fora ensinado.
Teve pouco estudo formal, pois o local onde morava, era de difícil acesso. Relembrava que ele e os demais irmãos, precisavam de deslocamento para a escola de campo mais próxima, o que era difícil, numa época em que o cavalo era o melhor meio de locomoção. Com o filho, Nilson, após especialização e conhecimento adquirido, aprimorou a criação do gado de corte, bem como o uso do plantio de aveia para pastagem, especialmente em época de inverno, quando as geadas castigam os campos nativos. Também plantou soja, milho, feijão e alho. Dessa forma, Osvaldo Camargo dos Santos, além de pecuarista, foi um exímio agricultor.
Sempre foi um defensor nato da bandeira ambiental. Em vida, Osvaldo protegeu as matas nativas, os animais silvestres e os mananciais de água. Era extremamente proibida a caça em suas propriedades. Ele tinha uma frase que costumava repetir: “é preciso preservar o que a natureza nos dá”. Quem teve a oportunidade de visitar uma das suas propriedades, ficou encantado com essa determinação de conservação.
Sempre foi um cooperador das entidades de serviço de Curitibanos, colaborava sempre com as festas das igrejas, fazendo doações para as obras de cunho assistencial, comprava rifas, bilhetes de “ação entre amigos”, simplesmente, porque gostava de ajudar as causas dos necessitados. Tinha uma boa conversa, contava muitas histórias dos seus idos tempos de menino, histórias que ouvira da boca do seu pai. Enfim, era agradável a sua presença. Apesar de fazendeiro, vivia uma vida simples, pois não gostava de exageros e extravagâncias.
Adulto, casou-se com Sueli Vieira, com quem teve três filhos: Sandra Maria Camargo, Nilson Antônio Camargo e Selma Aparecida Camargo. Na velhice, enfrentou alguns problemas de saúde decorrentes da idade. No dia 22 de julho de 2018, com seus invejáveis 83 anos, faleceu num dos leitos da Fundação Hospitalar de Curitibanos, decorrente de várias complicações, conforme descrito no seu atestado de óbito. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Público Municipal São Francisco de Assis, de Curitibanos.
No dia 4 de dezembro de 2020, através da Lei Ordinária Municipal n.º 6391/2020, o então prefeito de Curitibanos, José Antonio Guidi denominou uma via pública de “Rua Osvaldo Camargo dos Santos”, localizada no loteamento municipal Santa Felicidade. Uma justa homenagem a esse curitibanense que deixou um excelente legado de como devemos viver em harmonia com a natureza.
Referências para o texto:
Curitibanos — Câmara Municipal de Vereadores de Curitibanos. Pauta da 62.ª Sessão Ordinária do segundo período de 2020.
Curitibanos — Lei Ordinária n.º 6391/2020, denomina via.
Fotografia disponibilizada na ‘internet’, na ocasião do seu falecimento.
Ofício Registro Civil Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas — Certidão de óbito.
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