Texto de Antonio Carlos Popinhaki
Alvino Rosa nasceu em 20 de maio de 1931, na cidade de Curitibanos, filho de Ana Goethem e Henrique Thomáz da Rosa. Teve uma infância simples e começou a trabalhar desde cedo. Na juventude, conduzia bois da comunidade de São Sebastião do Sul, no interior de Lebon Régis, para seus tios e, mais tarde, conseguiu comprar seu próprio gado, iniciando sua vida independente. No ano de 1950, serviu o exército brasileiro, lotado no Batalhão de Engenharia e Construção de Lages, onde aprendeu a operar tratores de esteira e auxiliou na construção e pavimentação da futura rodovia BR-116, no trecho de Lages a Santa Cecília.
Após seu período no exército, Alvino retornou à localidade de Lagoinha, no interior de Curitibanos, onde se situava a fazenda de sua família e onde residiu até o seu alistamento militar. Foi um dos fundadores da igreja da comunidade de Lagoinha. Com o retorno à vida civil, retomou a negociação de bois, trazendo-os de outras regiões por meio de tropeadas. Em 1954, casou-se com Iracema Almeida Rosa, filha de Jovino Torquato de Almeida e Julia Moreira, com quem compartilhou a vida até o fim. O casal trabalhou arduamente nas lidas do campo e, em 1968, conquistou um de seus maiores orgulhos: a fazenda Nossa Senhora Aparecida, um local belíssimo, nomeado em homenagem à santa de sua devoção.
Alvino ajudou muitas pessoas que sofreram com incêndios, comuns no passado recente. Respeitado pela sociedade curitibanense, atuou como jurado por muitos anos, desempenhando seu papel com orgulho e dedicação. Movido pelo desejo de lutar pelos menos favorecidos, entrou para a política, tendo sido eleito vereador em 1982, com 591 votos, cumprindo seu mandato de 1983 a 1988.
Alvino Rosa sempre foi um ardente defensor dos menos favorecidos, lutando incansavelmente por melhores condições para a comunidade rural. Embora tenha concluído seu mandato, nunca se afastou da política, continuando a oferecer conselhos e a lutar pelas causas em que acreditava. Por muitos anos, foi uma figura ativa nas comunidades gaúchas de nossa região, ocupando os cargos de patrão e patrão de honra dos CTGs, além de participar do movimento tradicionalista gaúcho, sempre empenhado em valorizar a cultura regional de Curitibanos.
Alvino faleceu em 10 de junho de 2016, deixando, na ocasião, a sua esposa, duas filhas — Sirlei Terezinha e Maria Elita —, quatro netos — Joel Júnior, Fernando Henrique, João Vitor e Miguel — e uma bisneta, Júlia Iracema.
Era um homem de hábitos simples, que encontrava sua maior alegria quando sua casa estava repleta de visitantes. Era apaixonado por um bom chimarrão e adorava compartilhar histórias de antigas pelejas.
Em 12 de março de 2019, a Câmara Municipal de Vereadores de Curitibanos, por meio do Projeto de Lei do Legislativo n.º 0001/2019, nomeou um dos prédios públicos a ser construído na Praça Centenário de Curitibanos como “Concha Acústica Alvino Rosa”. Uma bela homenagem a este ilustre cidadão curitibanense que tanto contribuiu para a comunidade local.
Referências para o Texto:
Certidão de óbito expedida pelo Cartório de Registro Civil de Curitibanos.
Curitibanos — Projeto de Lei do Legislativo n.º 0001/2019.
Fotografias retiradas da internet.
Histórico da Câmara Municipal de Vereadores.
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