Paulo Pedro Pereira

Texto de Antonio Carlos Popinhaki

Nascido em Tubarão, Santa Catarina, no dia 20 de janeiro de 1910, Paulo Pedro Pereira foi filho de Pedro João Luiz Pereira e Maria Marcos Fernandes. Sua vida foi marcada pelo trabalho, pela família e pela atuação na esfera pública em Curitibanos, cidade onde deixou um legado reconhecido até os dias atuais.

Em 27 de junho de 1936, Paulo casou-se com Gertrudes da Silva Machado, que passou a assinar Gertrudes Machado Pereira após o matrimônio. O casal teve cinco filhos, embora tenham enfrentado a dor de perder uma filha, Java Pereira, com apenas um mês de vida, em setembro de 1938.

Paulo Pedro Pereira teve uma trajetória profissional diversificada. Registros indicam que atuou como industrial, mas sua história também está ligada às tradições tropeiras da região. Familiares descendentes relatam que ele foi tropeiro na região do Guarda-mor, entre Curitibanos e Lebon Régis, atividade que lhe rendeu homenagens póstumas, como a inclusão de seu nome na solenidade alusiva ao Dia do Tropeiro em 2025.

Sua vida pública ganhou destaque em 1960, quando integrou uma comitiva política de Curitibanos que visitou o Palácio do Governo do Estado em Florianópolis. Na ocasião, como candidato a vereador pela UDN (União Democrática Nacional), Paulo e seus companheiros pleitearam melhorias para o município, incluindo a construção de um Posto de Saúde. Com o estabelecimento do bipartidarismo pelo regime militar em 1965 (Arena x MDB), a UDN foi extinta, e muitos de seus membros migraram para a Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido de sustentação à ditadura.

Seu falecimento ocorreu em 23 de abril de 1965, vítima de uma hemorragia cerebral, aos 55 anos de idade. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério Público Municipal de Curitibanos, local próximo à rua que hoje leva seu nome.

A homenagem mais duradoura a Paulo Pedro Pereira veio ainda em 1965, quando a Câmara Municipal de Curitibanos aprovou a Lei Ordinária Municipal nº 604/1965, batizando uma via pública como “Rua Paulo Pedro Pereira”. A lei foi posteriormente ajustada em 2022, mantendo, porém, a justa homenagem a um homem que dedicou parte de sua vida ao desenvolvimento de sua comunidade.

Assim, Paulo Pedro Pereira permanece na memória dos curitibanenses não apenas como um nome em uma placa de rua, mas como um tropeiro, industrial, político e, acima de tudo, um cidadão que contribuiu para a história de sua terra.

Referências para o texto:

Cartório de Registro Civil de Curitibanos

Portal FamilySearch. On-line, disponível em www.familysearch.org

Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 604/1965

Curitibanos — Lei Ordinária Municipal n.º 6768/2022